terça-feira, 30 de junho de 2009

PALESTRA NA ESAMC - CAMPINAS, SP


Já faz quase 3 meses que não postava nada por aqui. Esta desculpa não é nova, mas continua valendo para justificar a não assiduidade com o blog: Falta de tempo!
Neste tempo tive sim muito tempo para postar algo e aconteceram coisas bem legais, mas quando tinha tempo eu não tinha os meios necessários para publicar (internet, notebook ou mesmo um bloco de rascunhos). Pois bem, vou parar de falar no tempo perdido para impedir que ele se perca ainda mais!

Eu continuo na minha luta para lecionar. Digo luta porque a exigência para quem que ser professor hoje é mais alta: “Tem mestrado ou está mestrando? Então me desculpe!”
Infelizmente (ainda) não tenho tempo ($$$) para iniciar meu mestrado, mas tenho muita vontade de ensinar e disposição de aprender, o que deveria ser levado em conta, mais até que o bendito mestrado.

Recebi um presente incrível este ano, quando me convidaram para dar uma palestra na ESAMC - Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação, em Campinas, SP. Foi literalmente um presente pois a palestra foi no dia do meu aniversário; 14 de maio. Uma incrível coincidência, já que eles não sabiam da data quando fizeram o convite.
Pois bem, preparei o material e fui pra lá. Quando cheguei, confesso que me assustei um um pouco com os alunos e a escola. O lugar é incrível, totalmente descontraído, com pufs gigantes espalhados num pátio e os alunos todos deitados, usando seus macbooks no wifi da escola. Tive a impressão de que os alunos não se interessariam pela palestra; eram descolados demais.
O auditório tinha capacidade para pouco mais de 100 alunos, e não parava de chegar gente. Até os professores e o diretor da escola entraram na sala.

Penso que um palestrante pode causar apenas três sensações na platéia. A primeira, que é a pior de todas: Indiferença. O aluno entra e sai da mesma maneira. A segunda, Veneração: Ele passa a venerar o palestrante e cria uma enorme distância entre eles. E a terceira: Inspiração. Esta faz o aluno sair com um brilho nos olhos e acreditar ainda mais que ele conseguirá chegar onde deseja. Eu sinceramente sempre busco a terceira.
Comecei a palestra com aquele friozinho na barriga, que já nos primeiros instantes foi dando lugar a uma euforia imensa. Eu conseguia sentir que os alunos estavam interessados, que estavam inspirados. Após palestra os alunos vieram todos para a frente e aconteceu aquilo que é o feedback que todo palestrante aguarda: vieram sedentos para trocar experiências e a conversa fluiu por quase uma hora.
No dia seguinte ainda palestrei paras as turmas do período da manhã e a experiência foi tão incrível quanto.

Agora, a notícia que me deixou com a sensação de dever cumprido me foi dada pelo meu irmão, algumas semanas depois da palestra.
Ele faz pós-graduação em computação gráfica no SENAC, de Campinas, e durante a aula sua professora usou vários exemplos de uma palestra que ela assistira e que, segundo ela, deixou todos alunos inspirados. Ela disse na sala que a palestra era de um designer mineiro, chamado Julio Silver.
Quando meu irmão escutou isso, ele ficou doido e me ligou na hora pra contar.
E dá pra acreditar que ainda recebi um certificado e um livro de presente dos alunos. Eventos assim eu até pagaria para participar.