sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Decodificando e assimilando...


Confesso que sou bastante cético quando o assunto é educação à distância. Ainda acredito no valor da discussão e da divergência em prol da convergência; mas claro, olho-a-olho. Mas dou o braço a torcer em alguns casos. Agora pouco, enquanto lia um artigo no WEBINSIDER, me deparei com algumas siglas que não sabia exatamente o que significavam. Em questão de segundos, usando um site de busca que não vou dizer qual, encontrei as respostas. E o mais incrível é que a informação foi totalmente decodificada e assimiliada. Agora, me sinto até capaz de dar uma aula sobre o assunto.
Detalhe: fiquei tão empolgado que na pressa esqueci de desenhar a cadeira do bonequinho!

Reunião com batata-frita...


Estou cada vez mais convencido quanto a um formato de trabalhar com clientes, que até agora tem se mostrado infalível! Estou com meu escritório aberto há poucos meses, até agora não tive tempo de parar para prospectar algum cliente. Os que apareceram, vieram ou de contatos anteriores que tive quando trabalhava como funcionário em outro escritório ou de indicação de algum cliente atual. Mas voltando a falar do relacionamento com o cliente, procuro não leva-lo muito para o lado profissional, mesmo sabendo que este é um esforço pra torná-lo cada vez mais profissional. Ontem à tarde, por exemplo, tive que visitar uma cidade vizinha e marquei uma reunião com um cliente, que a princípio seria na sua casa. Liguei pra ele para avisar que ja estava na cidade e ele resolveu mudar o plano e fizemos a reunião num barzinho. Notebook em baixo do braço, chega o cliente com sua esposa, uma artista plástica que eleva as reuniões para um nível subjetivo extraordinário. Depois de conversarmos bastante a acertamos algumas modificações no projeto, começamos a conversar sobre tudo. Sem perceber mudamos o assunto e a razão da reunião e quando me dei conta estávamos tomando cerveja de trigo alemã ( que como um não-bebedor, posso dizer que achei uma delicia!) e beliscando uma porção de batata-frita.
Eu saí do escritório as 15h e retornei às 22h! É claro que eu tinha muitas outras coisas para resolver neste dia que acabei não resolvendo. Levando pela lógica de que tempo é dinheiro, neste caso poderia dizer que perdi dinheiro. Mas pela conclusão que estou chegando, se tratando de relacionamento com cliente, tempo (bem) perdido com cliente é lucro na certa!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Começando cedo...


Meus filhos sempre invadem meu escritório quando chegam da escola ou quando um esta fugindo do outro. Quem tem mais de um filho sabe como é esta história de um jogar um carrinho a acertar a canela do outro, etc...
Quando abrem a porta e entram no escritório, dou duas alternativas a eles: Sair imediatamente, pois estou trabalhando (alternativa usada em 90% dos casos) ou sentarem bem quietinhos e ficarem desenhando. E esta última ja me rendeu bons momentos de inspirção. Minha filha pega uma régua, um bloquinho de anotações e começa a criar. De uns tempos pra cá ela começou a colar na parede do escritório todos os seus trabalhos. Apesar de não saber exatamente o que é design, tem noção do trabalho que faço e sempre que vê um cartaz ou uma embalagem por aí pergunta: "Foi você que fez, papai?" Mas é incrível como ela leva jeito pra coisa. Seus últimos trabalhos me lembraram muito a assimetria e os diagramas de Mondrian. Ela já tem uma boa noção de espaço e de preencher estas espaços com informações. Por enquanto não estou dando muita pilha; não quero influencia-la na escolha do que seguir como carreira. Mas seria incrível ter uma filha designer. Jeito pra coisa, por enquanto ela está mostrando que tem. Ah, detalhe: Ela só tem 4 anos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Criar fora do quadrado (ou do photoshop!!)


Quem já ouviu aquele história de "pensar fora do quadrado" ou de "abrir a mente" sabe que isso não é nada fácil. Temos tendências naturais a seguir sempre no caminho seguro, conhecido. Na última viajem que fiz, a Tiradentes, fui a um antiquário e comprei algumas quinquilharias. Tudo coisa barata e simples...algumas carrancas e uma forma de sapateiro - aqueles pés de madeira que o sapateiro usava como molde.
Semanas mais tarde me pediram pra desenvolver um cartaz para um atelier que irá ministrar cursos de desenho e pintura. Conheço o atelier e o lugar cheira história. Há desde ilustrações, pinturas e gravuras em metal de vários artistas, alguns já renomados (tem até uma gravura original de Rembrant) e outros ainda não muito conhecidos. Mas todos artistas, por formação e convicção. Agora, o curso e a temática são totalmente analógicos então eu não poderia iniciar um projeto deste porte pelo photoshop. De jeito nenhum. Queria criar um cartaz que fosse o mais analógico possível. Sem montagens, sem efeitos. Simples, direto. Daí me lembrei da forma de sapateiro que tinha comprado. Era perfeita, simbolizava movimento, sair da inércia. Eles me mandaram varias ilustrações, gravuras e papel rasgado a mão. Fiz uma montagem com tudo isso em cima da mesa e fotografei. Usei o computador apenas para inserir as informações no cartaz.