quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Indicação de livro: Rafic Farah



"...Eu queria dar uma indicação...quem nunca leu o livro do Rafic Farah pode ler...."
Eu tive o prazer de participar de um evento onde um dos palestrantes era esse grande artista gráfico. Rafic Farah. Designer, fotógrafo, escultor entre outros tantos atributos que são bem colocados para contar um pouco da trajetória deste "artesão-biscate". Mas escrevo este post pra falar do seu livro COMO VI - O DESIGN DE RAFIC FARAH. O livro é bem antigo e já está esgotado na maioria das livrarias. Consegui comprá-lo recentemente depois de esperar por alguns meses até que a livraria conseguisse um exemplar, por encomenda. Não é tão barato, mais vale cada centavo pago. (cerca de R$ 110,00).
Com um texto muito bem humorado ele narra sua peripécias na profissão. Digo peripécias porque alguns fatos são dignos de ganhar um livro só para serem descritos com maiores detalhes.
Certa vez foi convidado a desenvolver um cartaz (primeira imagem do post) para um evento cujo tema era: "design regional ou design global"; e após desenvolver o projeto recebeu um telefonema pedindo que se explicasse quanto ao uso da imagem um tanto inusitada. E usou o seguinte argumento para tentar convencer a pessoa ao telefone: "...esse é o design mais forte, original e universal do universo. Mobiliza religiosos, devassos, antropólogos.." Na verdade, segundo ele, não estava conseguindo justificar o uso da imagem e por fim respondeu que a questão era muito cabeluda! Quem se interessar pelo livro, no seu título tem um link para uma livraria, que até o momento que escrevo tem um exemplar a venda.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Tanta bagagem pra quê?


Num blog de discussão sobre design, um anúncio de emprego oferecia vaga para designer júnior. A empresa em questão, já com algumas décadas de mercado, fazia as seguintes exigências:
- formação nível superior em design ou publicidade
- conhecimentos avançados plataforma mac nos seguintes softwares:
illustrator
photoshop
quark
dreamwheaver
flash
entre outros...
Lá fui eu visitar o site da agência em questão e quase caí de costas!!!!
Muita fumaça pra pouco fogo. Trabalho simples, pouco criativo.
Este assunto já gerou discussões quentíssimas entre meus colegas na época da faculdade e ainda gera. Continuo com a opinião de que o software é apenas uma ferramenta, usada para transmitir uma idéia que é construída de forma analógica. Digo analógica porque a bagagem de um diretor de arte ou um designer, é tudo que está a sua volta. É o que ele lê, tudo que assiste, exposições que ele visita. Um software pode ser aprendido posteriormente. O que as agências deviam exigir é conhecimento teórico de design, publicidade, bagagem histórica, referências artísticas, entre tantas outras coisas.
Bem, esta é minha opinião pessoal mas posso garantir que já encontrei muitos que pensam da mesma forma.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Meio e Mensagem


Muito se discute sobre que mídia utilizar para cada tipo de mensagem. A grande sacada é conseguir se diferenciar, se tornar a bolinha vermelha numa imensidão de bolinhas azuis.
Enquanto lemos algum livro ou descansamos numa rede há uma infinidade de pessoas desenvolvendo novos métodos de nos alcançar e nos fazer interagir com seus produtos e suas mensagens. O que é unânime em todas elas é a alta tecnologia envolvida ou alguma idéia simples e brilhante. Séries de tv tem apostado em jogos da vida real, os ARGs para divulgar seus produtos. Organizações tem investido em marketing de guerrilha com idéias simples e de grande impacto para chamar a atenção para alguma idéia ou campanha. Em São Paulo, antes da lei da cidade limpa, era quase impossível percebermos alguma propaganda específica ao caminharmos pela rua. Podíamos até perceber, nos atentar em especial para alguma mensagem, mas provavelmente nosso sistema de defesa a bloquearia de nossa consciência para nos poupar de um "piripaque" mental precoce. Na última vez que estive em SP, na Pinacoteca, uma mensagem me chamou muita atenção. E o mais interessante é que foi um cartaz lambe-lambe colado num poste. Não tinha nenhum atrativo visual, o texto era simples. Não havia nada que fizesse dele algo digno de atenção. O que chamou a atenção foi a mensagem que ele trazia. Digna de uma foto.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Um ótimo livro, um comercial incrível!


Alguns livros conseguimos ler de uma só vez. Outros lemos em etapas.
Um livro que li há uns três anos se enquadra nesta primeira categoria. Criação Sem Pistolão, de Carlos Domingos. Comprei-o num shopping, comecei e terminei a leitura na rodoviária. Entre vários trabalhos, o livro cita um comercial que na minha opinião - e de muita gente - tem alguns dos ingredientes de uma propaganda perfeita: simplicidade, inteligência e mistério. Hitler, criado pela Wbrasil para a Folha de São Paulo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Notícias da Sao Silvestre...





Vinte mil pessoas aguardavam na Paulista a sirene que daria início a prova. É uma sensação indescritível. Gente de todas idades, como guerreiros aguardando o início de alguma batalha. E alguns levavam esta história de guerreiro bem a sério!
Começa a corrida. Não há espaço para correr, no início todos caminham pacientemente até que o pelotão comece a se dispersar. Durante todo o percurso, milhares de pessoas acompanham a prova de seus apartamentos ou da rua, gritando e incentivando os atletas que passam. Uma cena é constante na prova. Algumas pessoas estão no limite da resistência e começam a caminhar. Neste momento acontece o que realmente faz uma prova deste tipo valer a pena. Outros atletas começam a incentivar estes que estão quase desistindo, e ao mesmo tempo um coro de expectadores gritava: "Vamos lá, está quase terminando...Garra!!! Não desiste não!..." e realmente funcionava. Estes atletas se sentiam revigorados e voltavam a correr.
O amigo que me companhou na corrida conseguiu me fotografar segundos depois de cruzar a linha de chegada. Foi realmente uma experiência incrível.