Sentei e pedi uma esfirra. É o único lugar que eu prefiro uma esfirra a um bom risólis de presunto e queijo. A atendende arrasta um portunhim (português + mandarim) mas consegue se comunicar bem. Traz o meu pedido. Antes que eu experimente o salgado ela se vira pra panela e mostra o que trazia nas costas. Fiquei alguns estantes paralisado. Era uma criança; certamente sua filha (ou filho), que não devia ter mais que alguns meses. Tive alguns segundos de indignação. A posição me parecia totalmente desconfortável. Como aquela mãe conseguia trabalhar com a criança nas costas daquela maneira? Daí a ficha começou a cair. Este é um costume, um hábito, portanto não posso julgá-lo baseado nos meus padrões e costumes. Provavelmente a mãe também foi criada desta maneira. Ok, e o que isso tudo tem a ver com o design? Este é um exemplo claro de que temos que conhecer a fundo nossos clientes antes de iniciar uma parceria profissional. Seus costumes, hábitos, devem ser digeridos e tratados com imparcialidade. Se não agirmos desta maneira, corremos o risco de ficar com os olhos voltados para o nosso umbigo, e com trabalhos que refletem a nossa cara, e não a cara do cliente.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Respeito aos costumes....
Postado por juliosilver às 11:20
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